Se você está começando a explorar o mundo das finanças solidárias, chegou ao lugar certo. Aqui vamos explicar os principais termos e suas diferenças numa linguagem simples, para aquelas pessoas que estão se familiarizando com a temática.
“Economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital.”
Quando pensamos em Economia solidária, precisamos quebrar aquela ideia inicial que todos temos de economia = dinheiro. O lucro em si deixa de ser a figura mais importante, que passa a ser PESSOAS. Economia solidária é valorizar o trabalho das pessoas, incentivar, apoiar e fortalecer as pessoas e grupos por trás das empresas e organizações.
“Adotar um modelo de economia solidária implica em valorizar ações de colaboração, solidariedade e coletividade, permitindo que as relações entre pessoas e empresas possam ser mais justas do ponto de vista social e sustentáveis pelo lado econômico e ambiental.”
Economia circular já é um termo um pouco mais abrangente, que se relaciona também aos aspectos de preservação ambiental, além do social.
“É um conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais, por meio de novos modelos de negócios e da otimização nos processos de fabricação com menor dependência de matéria-prima virgem, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis. [...] baseia-se em repensar a forma de desenhar, produzir e comercializar produtos para garantir o uso e a recuperação inteligente dos recursos naturais.”
Esse conceito abrange a produção com o mínimo possível de recursos naturais, a comercialização do produto no seu mais alto valor agregado e a destinação correta dos resíduos após o uso.
Os bancos municipais são ferramentas de fortalecimento da economia solidária.
A criação de um banco municipal favorece a circulação dos recursos financeiros dentro da própria rede de comércio e serviços local. A moeda local do município é usada inicialmente para pagamento dos benefícios pela prefeitura em, por exemplo, programas de transferência de renda e demais auxílios. Com esse valor em conta, os munícipes podem comprar produtos e serviços dos empreendedores locais cadastrados. Esses empreendedores podem seguir no fluxo e pagar fornecedores e outros parceiros locais ou solicitar o câmbio para Real. De qualquer forma, o recurso foi injetado e agora esses negócios locais estão fortalecidos.
Bancos comunitários são aqueles criados e geridos pela própria comunidade, sem a participação do poder público e sem a necessidade de criação de leis e decretos.
A principal diferença entre as duas modalidades está na abrangência da moeda social: para o banco municipal, todos os cidadãos estão contemplados; no caso dos bancos comunitários, seriam apenas aqueles que integrem essa organização social em si. Desanuviou as ideias por aí? Acompanhe nosso blog para mais posts em breve!
Referências:
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